治疗mvb阳痿?pcb早泄的调理药物, 壮...

Print version ISSN XOn-line version ISSN
Arq. Bras. Cardiol. vol.107 no.3 supl.3 S?o Paulo Sept. 2016
http://dx.doi.org/10.5935/abc.
Diretrizes
Capítulo 13 - Hipertens?o Arterial Resistente
MVB Malachias, WKSB Souza, FL Plavnik, CIS Rodrigues, AA Brand?o, MFT Neves, LA Bortolotto, RJS Franco, CE Poli-de-Figueiredo, PCBV Jardim, C Amodeo, ECD Barbosa, V Koch, MAM Gomes, RB Paula, RMS Póvoa, FC Colombo, S Ferreira Filho, RD Miranda, CA Machado, F Nobre, AR Nogueira, D Mion Júnior, S Kaiser, CLM Forjaz, FA Almeida, JFV Martim, N Sass, LF Drager, E Muxfeldt, LC Bodanese, AD Feitosa, D Malta, S Fuchs, ME Magalh?es, W Oigman, O Moreira Filho, AMG Pierin, GS Feitosa, MRFL Bortolotto, LBNC Magalh?es, ACS Silva, JM Ribeiro, FAO Borelli, M Gus, O Passarelli Júnior, JY Toledo, GF Salles, LC Martins, TSV Jardim, ICB Guimar?es, IC Antonello, E Lima Júnior, V Matsudo, GV Silva, LS Costa, A Alessi, LCN Scala, EB Coelho, D Souza, HF Lopes, MMG Gowdak, AC Cordeiro Júnior, MR Torloni, MRST Klein, PK Nogueira, LAD Lotaif, GBA Rosito, H Moreno Júnior
Defini??o e epidemiologia
A hipertens?o arterial resistente (HAR) é definida como a PA de consultório n?o controlada apesar do uso de três ou mais anti-hipertensivos em doses adequadas, incluindo-se preferencialmente um DIU, ou em uso de quatro ou mais medicamentos com controle pressórico.- Por n?o incluir a verifica??o sistemática da terapêutica e da ades?o, essa situa??o é melhor definida como HAR aparente (pseudorresistência). A identifica??o da HAR verdadeira é fundamental para estabelecer abordagens específicas. Estudos populacionais estimam prevalência em 12% da popula??o hipertensa. No Brasil, o estudo ReHOT está avaliando a prevalência e escolha terapêutica. A hipertens?o refratária é definida como a PA n?o controlada sob o uso de cinco ou mais anti-hipertensivos, e corresponde a 3,6% dos hipertensos resistentes. Para o diagnóstico de HAR é necessária medida ambulatorial de PA e verifica??o sistemática de ades?o. (GR: I; NE: C).
Fatores associados
Os fatores causais incluem maior sensibilidade ao sal, volemia aumentada (maior ingest?o de sódio, DRC ou inadequada terapêutica diurética), subst?ncias exógenas que elevam a PA e causas secundárias (SAHOS, aldosteronismo primário, DRC e estenose de artéria renal).,, S?o características da HAR: idade mais avan?ada, afro-descendência, obesidade, SM, DM, sedentarismo, nefropatia cr?nica e HVE.,
Os aspectos fisiopatológicos relacionados à resistência incluem: (i) hiperativa??o simpática e do SRAA, (ii) prolifera??o da musculatura lisa vascular, (iii) reten??o de sódio e (iv) ativa??o de fatores pró-inflamatórios., Maior disfun??o endotelial e rigidez arterial est?o presentes. Na MAPA, há alta prevalência (30%) do EAB e atenua??o do descenso noturno. Os hipertensos refratários têm maior prevalência de ra?a negra, DM e albuminúria.
Investiga??o diagnóstica
Pseudorresistência
A pseudorresistência deve-se à má técnica de medi??o da PA, má ades?o e/ou esquema terapêutico inadequado.,, Estudos mostraram que 50-80% dos pacientes n?o aderem à medica??o total ou parcialmente.- O diagnóstico de HAR deve ser feito somente após a inclus?o de um DIU apropriado e o ajuste do esquema anti-hipertensivo.
Exames complementares
Bioquímica sanguínea, avalia??o urinária e ECG devem ser solicitados no momento do diagnóstico e repetidos pelo menos anualmente., Ecocardiograma e fundoscopia, quando disponíveis, devem ser repetidos a cada 2 ou 3 anos.
Causas secundárias
As causas secundárias s?o comuns na HAR, sendo a mais prevalente a SAHOS (80%, sendo 50% com apneia moderada-grave), seguida do hiperaldosteronismo (20%, principalmente hiperplasia adrenal) e da estenose de artéria renal (2,5%). Outras causas secundárias devem ser investigadas apenas quando o quadro clínico for sugestivo.
MAPA e MRPA
Apesar do diagnóstico da HAR ser baseado na PA de consultório, a avalia??o da PA através da MAPA ou da MRPA é mandatória no diagnóstico inicial e no acompanhamento clínico.,,, Estima-se que 30-50% dos hipertensos resistentes apresentem níveis tensionais normais fora do consultório.,, O diagnóstico obtido na MAPA irá definir a conduta diagnóstica e terapêutica ().,,
Quadro 1 Classifica??o de HAR de acordo com a MAPA
Na HAR verdadeira ou mascarada a medica??o deve ser progressivamente ajustada com introdu??o de doses noturnas de anti-hipertensivos. Pacientes com PA controlada na MAPA devem ter sua terapia mantida, independente dos valores da PA de consultório. Na HAR do avental branco, a MAPA confirmatória precisa ser realizada depois de 3 meses e repetida semestralmente (se PAS vigília ≥ 115 mmHg) ou anualmente (se PAS de vigília & 115 mmHg).
A MRPA é bom método complementar quando n?o se disp?e da MAPA. Apesar de n?o avaliar o período noturno e superestimar os níveis pressóricos, apresenta uma concord?ncia moderada no diagnóstico, com alta especificidade e baixa sensibilidade ().
Quadro 2 Investiga??o diagnóstica na HAR
Tratamento
Tratamento n?o medicamentoso
- Incentivar MEV: redu??o da ingesta de sal (até 2,0 g de sódio/dia); dieta DASH; perda de peso (IMC &25 kg/m2) ; atividade fí interrup??o do tabagismo e consumo moderado de álcool.,,,
- Interromper subst?ncias que aumentam a PA.,
Tratamento medicamentoso
O princípio básico é a associa??o de anti-hipertensivos que bloqueiem a maioria dos mecanismos fisiopatológicos de eleva??o da PA. Idealmente, deve ser prescrito um DIU, um bloqueador do SRAA e um BCC di-idropiridínico, em doses plenas toleradas e a intervalos adequados. Em situa??es particulares como DAC, ICC e taquiarritmias, um BB pode substituir o BCC no esquema terapêutico inicial com 3 medica??es.
O uso correto de diuréticos para assegurar controle da expans?o volêmica é essencial, sendo que mais da metade dos pacientes pode alcan?ar a meta pressórica com otimiza??o do DIU. A clortalidona apresenta superioridade comparada à hidroclorotiazida. Em pacientes com DRC estágios 4 ou 5, DIU de al?a devem ser utilizados e administrados pelo menos 2 vezes ao dia. A espironolactona, antagonista da aldosterona, é a medica??o de escolha como quarto medicamento nos pacientes com HAR verdadeira, possibilitando redu??o da PA em média de 15-20 mmHg na PAS e de 7-10 mmHg na PAD em doses de 25 a 50 mg/dia. Entretanto, até 20-30% dos pacientes podem n?o tolerar seu uso, devido à piora da fun??o renal, hiperpotassemia, ginecomastia ou mastalgia. Nesse caso, a amilorida pode ser utilizada (5-10 mg/dia), mas com resposta pressórica aparentemente inferior. O uso da clonidina como quarto fármaco está sendo avaliado no estudo brasileiro ReHOT, considerando a medida da atividade simpática e do SRAA como possíveis preditores da melhor resposta terapêutica à clonidina e à espironolactona, respectivamente.
Nos pacientes ainda sem controle pressórico à MAPA, após a adi??o de espironolactona, os BB (principalmente os com efeito vasodilatador) s?o as medica??es de quinta linha, se n?o contraindicados. Os alfa-agonistas centrais (clonidina e alfametildopa), os vasodilatadores diretos (hidralazina e minoxidil), ou os agonistas centrais dos receptores imidazolínicos s?o geralmente utilizados como medica??es de sexta ou sétima linha. Também associa??es de múltiplos DIU (tiazídicos, de al?a e espironolactona), em especial em estados edematosos, ou de BCC di-idropiridínicos e n?o di-idropiridínicos podem ser usados nos pacientes mais graves.
A cronoterapia orientada pela MAPA, com pelo menos uma das medica??es anti-hipertensivas administrada à noite, foi capaz de melhorar o controle pressórico e reverter o padr?o n?o-dipper desfavorável nesses pacientes, bem como reduzir a morbimortalidade CV ().
Quadro 3 Tratamento da hipertens?o arterial resistente
Novas estratégias terapêuticas
Novas estratégias est?o em desenvolvimento, mas s?o ainda consideradas experimentais. Embora seguras, n?o s?o superiores ao tratamento convencional e só devem ser utilizadas em pacientes verdadeiramente resistentes ().
Quadro 4 Novas estratégias terapêuticas na hipertens?o arterial resistente
Estimula??o direta e cr?nica de barorreceptores do seio carotídeo
O sistema Rheos é um dispositivo programável, tipo marca-passo, implantado cirurgicamente, constituído por um gerador de impulsos que ativam os barorreceptores carotídeos por radiofrequência. O ensaio clínico Rheos Pivotal Trial n?o detectou benefícios significativos a longo prazo.
Denerva??o simpática renal
A denerva??o simpática percut?nea transluminal renal por cateter foi avaliada principalmente nos estudos SYMPLICITY conduzidos em pacientes com HAR. Meta-análises, recentes n?o confirmaram os resultados promissores iniciais.
Uso de CPAP
O conjunto das evidências sobre o efeito anti-hipertensivo de CPAP é contraditório. Contudo, como tratamento auxiliar em pacientes com SAHOS, especialmente naqueles que toleram a sua utiliza??o por períodos superiores a 4h/noite, há evidências de que possa colaborar para restabelecer o padr?o dipper.
Anastomose arteriovenosa ilíaca central
O estudo ROX Control HTN demonstrou resultados promissores com redu??es significativas da PA e das complica??es hipertensivas nos pacientes com anastomose ilíaca central com dispositivo coupler.
Prognóstico
Estudo de coorte retrospectivo realizado a partir de registro norte-americano indica que, após o início do tratamento anti-hipertensivo, a incidência de HAR aparente (PA n?o controlada com uso de 3 medicamentos) será de 0,7/100/pacientes ano, sendo que o risco relativo desses pacientes para eventos CV será de 1,47 (intervalo de confian?a 95%: 1,33-1,62). Estudo prospectivo de 556 hipertensos resistentes (seguimento de 4,8 anos) indicou que a MAPA n?o controlada e a ausência de descenso noturno s?o importantes marcadores de risco CV. A condi??o de HAR aparente é considerada de risco independente para a ocorrência de eventos CV. (GR: IIa; NE: C). ? recomendada realiza??o da MAPA para estabelecimento do prognóstico de hipertensos com HAR verdadeira. (GR: IIa; NE: C).
Referências
1 Calhoun DA, Jones D, Textor S, Goff DC, Murphy TP, Toto RD, et al. Resistant hypertension: diagnosis, evaluation, and treatment: a scientific statement from the American Heart Association Professional Education Committee of the Council for High Blood Pressure Research. Hypertension. ):1403-19.
2 Judd E, Calhoun DA. Apparent and true resistant hypertension: definition, prevalence and outcomes. J Hum Hypertens. ):463-8.
3 Alessi A, Brand?o AA, Coca A, Cordeiro AC, Nogueira AR, Diógenes de Magalh?es F, et al. First Brazilian position on resistant hypertension. Arq Bras Cardiol. ):576-85. Erratum in: Arq Bras Cardiol. ):304.
4 Krieger EM, Drager LF, Giorgi DM, Krieger JE, Pereira AC, Barreto-Filho JA, ReHOT Investigators. Resistant hypertension optimal treatment trial: a randomized controlled trial. Clin Cardiol. ):1-6. Erratum in: Clin Cardiol. ):388.
5 Calhoun DA, Booth JN 3rd, Oparil S, Irvin MR, Shimbo D, Lackland DT, et al. Refractory hypertension: determination of prevalence, risk factors, and comorbidities in a large, population-based cohort. Hypertension. ):451-8.
6 Pedrosa RP, Drager LF, Gonzaga CC, Sousa MG, de Paula LK, Amaro AC, et al. Obstructive sleep apnea: the most common secondary cause of hypertension associated with resistant hypertension. Hypertension. ):811-7.
7 de Faria AP, Modolo R, Fontana V, Moreno H. Adipokines: novel players in resistant hypertension. J Clin Hypertens (Greenwich). ):754-9.
8 Figueiredo VN, Yugar-Toledo JC, Martins LC, Martins LB, de Faria AP, de Haro Moraes C, et al. Vascular stiffness and endothelial dysfunction: correlations at different levels of blood pressure. Blood Press. ):31-8.
9 de la Sierra A, Segura J, Banegas JR, Gorostidi M, de la Cruz JJ, Armario P, et al. Clinical features of 8295 patients with resistant hypertension classified on the basis of ambulatory blood pressure monitoring. Hypertension. ):898-902.
10 Egan BM, Zhao Y, Li J, Brzezinski WA, Todoran TM, Brook RD, et al. Prevalence of optimal treatment regimens in patients with apparent treatment-resistant hypertension based on office blood pressure in a community-based practice network. Hypertension. ):691-7.
11 Burnier M, Wuerzner G, Struijker-Boudier H, Urquhart J. Measuring, analyzing, and managing drug adherence in resistant hypertension. Hypertension. ):218-25.
12 Muxfeldt ES, de Souza F, Salles GF. Resistant hypertension: a practical clinical approach. J Hum Hypertens. ):657-62.
13 Garg JP, Elliott WJ, Folker A, Izhar M, Black HR; RUSH University Hypertension Service. Resistant hypertension revisited: a comparison of two university based cohorts. Am J Hypertens.
Pt 1):619-26.
14 Muxfeldt ES, Margallo VS, Guimar?es GM, Salles GF. Prevalence and associated factors of obstructive sleep apnea in patients with resistant hypertension. Am J Hypertens. ):1069-78.
15 Calhoun DA. Hyperaldosteronism as a common cause of resistant hypertension. Annu Rev Med. -47.
16 Muxfeldt ES; Salles GF. How to use ambulatory blood pressure monitoring in resistant hypertension. Hypertens Res. ):385-9.
17 Muxfeldt ES, Barros GS, Viegas BB, Carlos FO, Salles GF. Is home blood pressure monitoring useful in the management of patients with resistant hypertension? Am J Hypertens. ):190-9.
18 Hermida RC, Ayala DE, Fernández JR, Calvo C. Chronotherapy improves blood pressure control and reverts the nondipper pattern in patients with resistant hypertension. Hypertension. ):69-76.
19 Muxfeldt ES, Fiszman R, de Souza F, Viegas B, Oliveira FC, Salles GF. Appropriate time interval to repeat ambulatory blood pressure monitoring in patients with white-coat resistant hypertension. Hypertension. ):384-9.
20 Nasothimiou EG, Tzamouranis D, Roussias LG, Stergiou GS. Home versus ambulatory blood pressure monitoring in the diagnosis of clinic resistant and true resistant hypertension. J Hum Hypertens. ):696-700.
21 Pimenta E, Gaddam KK, Oparil S, Aban I, Husain S, Dell'Italia LJ, et al. Effects of dietary sodium reduction on blood pressure in subjects with resistant hypertension: results from a randomized trial. Hypertension. ):475-81.
22 Guimaraes GV, de Barros Cruz LG, Fernandes-Silva MM, Dorea EL, Bocchi EA. Heated water-based exercise training reduces 24-hour ambulatory blood pressure levels in resistant hypertensive patients: a randomized controlled trial (HEx trial). Int J Cardiol. ):434-41.
23 Ernst ME, Carter BL, Zheng S, Grimm RH Jr. Meta-analysis of dose-response characteristics of hydrochlorothiazide and chlorthalidone: effects on systolic blood pressure and potassium. Am J Hypertens. ):440-6.
24 Liu G, Zheng XX, Xu YL, Lu J, Hui RT, Huang XH. Effect of aldosterone antagonists on blood pressure in patients with resistant hypertension: a meta-analysis. J Hum Hypertens. ):159-66.
25 Lane DA, Beevers DG. Amiloride 10 mg is less effective than spironolactone 25 mg in patients with hypertension resistant to a multidrug regime including an angiotensin-blocking agent. J Hypertens. ):2515-6.
26 Bakris GL, Nadim MK, Haller H, Lovett EG, Schafer JE, Bisognano JD. Baroreflex activation therapy provides durable benefit in patients with resistant hypertension: results of long-term follow-up in the Rheos Pivotal Trial. J Am Soc Hypertens. ):152-8.
27 Fadl Elmula F, Jin Y, Larstorp AC, Persu A, Kjeldsen SE, Staessen JA. Meta-analysis of five prospective and randomized trials of renal sympathetic denervation on office and ambulatory systolic blood pressure in treatment resistant hypertension. J Hypertens. 2015;33 Suppl1:e107.
28 Fadl Elmula FE, Jin Y, Yang WY, Thijs L, Lu YC, Larstorp AC, European Network Coordinating Research On Renal Denervation (ENCOReD) Consortium. Meta-analysis of randomized controlled trials on renal denervation in treatment -resistant hypertension. Blood Press. ):263-74.
29 Martinez-Garcia MA, Capote F, Campos-Rodriguez F, Lloberes P, Díaz de Atauri MJ, Somoza M, Spanish Sleep Network. Effect of CPAP on blood pressure in patients with obstructive sleep apnea and resistant hypertension: the HIPARCO randomized clinical trial. JAMA. ):2407-15.
30 Lobo MD, Sobotka PA, Stanton A, Cockcroft JR, Sulke N, Dolan E, ROX CONTROL HTN Investigators. Central arteriouvenous anastomosis for the treatment of patients with uncontrolled hypertension (the ROX CONTROL HTN Study): a randomised controlled trial. Lancet. 8):1634-41.
31 Daugherty SL, Powers JD, Magid DJ, Tavel HM, Masoudi FA, Margolis KL, et al. Incidence and prognosis of resistant hypertension in hypertensive patients. Circulation. ):1635-42.
32 de Souza F, Muxfeldt ES, Salles GF. Prognostic factors in resistant hypertension: implications for cardiovascular risk stratification and therapeutic management. Expert Rev Cardiovasc Ther. ):735-45.
Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licen?a Creative Commons Attribution, que permite uso, distribui??o e reprodu??o em qualquer meio, sem restri??es desde que o trabalho original seja corretamente citado.versión impresa ISSN Xversión On-line ISSN
Arq. Bras. Cardiol. vol.107 no.3 supl.3 S?o Paulo set. 2016
http://dx.doi.org/10.5935/abc.
Diretrizes
Capítulo 6 - Tratamento n?o medicamentoso
MVB Malachias, WKSB Souza, FL Plavnik, CIS Rodrigues, AA Brand?o, MFT Neves, LA Bortolotto, RJS Franco, CE Poli-de-Figueiredo, PCBV Jardim, C Amodeo, ECD Barbosa, V Koch, MAM Gomes, RB Paula, RMS Póvoa, FC Colombo, S Ferreira Filho, RD Miranda, CA Machado, F Nobre, AR Nogueira, D Mion Júnior, S Kaiser, CLM Forjaz, FA Almeida, JFV Martim, N Sass, LF Drager, E Muxfeldt, LC Bodanese, AD Feitosa, D Malta, S Fuchs, ME Magalh?es, W Oigman, O Moreira Filho, AMG Pierin, GS Feitosa, MRFL Bortolotto, LBNC Magalh?es, ACS Silva, JM Ribeiro, FAO Borelli, M Gus, O Passarelli Júnior, JY Toledo, GF Salles, LC Martins, TSV Jardim, ICB Guimar?es, IC Antonello, E Lima Júnior, V Matsudo, GV Silva, LS Costa, A Alessi, LCN Scala, EB Coelho, D Souza, HF Lopes, MMG Gowdak, AC Cordeiro Júnior, MR Torloni, MRST Klein, PK Nogueira, LAD Lotaif, GBA Rosito, H Moreno Júnior
Introdu??o
O tratamento n?o medicamentoso (TNM) da HA envolve controle ponderal, medidas nutricionais, prática de atividades físicas, cessa??o do tabagismo, controle de estresse, entre outros. Os efeitos e as recomenda??es dessas medidas s?o apresentados em textos e tabelas ao longo deste capítulo.
Peso corporal
O aumento de peso está diretamente relacionado ao aumento da PA tanto em adultos quanto em crian?as. A rela??o entre sobrepeso e altera??o da PA já pode ser observada a partir dos 8 anos. O aumento da gordura visceral também é considerado um fator de risco para HA., Redu??es de peso e de CA correlacionam-se com redu??es da PA e melhora metabólica (). (GR: I; NE: A).
Tabela 1 Modifica??es no peso corporal e na ingest?o alimentar e seus efeitos sobre a PA
IMC: índi CA: circunferê PAS: press?o artrerial sistó PAD: press?o artrerial diastólica.
* Uma dose contém cerca de 14g de etanol e equivale a 350 ml de cerveja, 150 ml de vinho e 45 ml de bebida destilada.36
Aspectos nutricionais
Padr?o alimentar
O sucesso do tratamento da HA com medidas nutricionais depende da ado??o de um plano alimentar saudável e sustentável. A utiliza??o de dietas radicais resulta em abandono do tratamento. O foco em apenas um único nutriente ou alimento tem perdido espa?o para a análise do padr?o alimentar total, que permite avaliar o sinergismo entre os nutrientes/alimentos.
A dieta DASH ( Dietary Approaches to Stop Hypertension) enfatiza o consumo de frutas, hortali?as e laticínios com b inclui a ingest?o de cereais integrais, frango, peixe
preconiza a redu??o da ingest?o de carne vermelha, doces e bebidas com a?úcar. Ela é rica em potássio, cálcio, magnésio e fibras, e contém quantidades reduzidas de colesterol, gordura total e saturada. A ado??o desse padr?o alimentar reduz a PA., (GR: I; NE: A).
A dieta do Mediterr?neo também é rica em frutas, hortali?as e cerais integrais, porém possui quantidades generosas de azeite de oliva (fonte de gorduras monoinsaturadas) e inclui o consumo de peixes e oleaginosas, além da ingest?o moderada de vinho. Apesar da limita??o de estudos, a ado??o dessa dieta parece ter efeito hipotensor. (GR: IIa; NE: B).
As dietas vegetarianas preconizam o consumo de alimentos de origem vegetal, em especial frutas, hortali?as, gr? excluem ou rara e algumas incluem laticínios, ovos e peixes. Essas dietas têm sido associadas com valores mais baixos de PA. (GR: IIa; NE: B).
Redu??o do consumo de sódio
O aumento do consumo de sódio está relacionado com o aumento da PA. No entanto, o impacto do consumo de sódio na saúde CV é controverso. Alguns estudos sugerem que o consumo muito baixo eleva o risco de DCV, enquanto outros sustentam que a diminui??o de sódio diminui o risco CV, sendo esse benefício maior com a restri??o acentuada. O limite de consumo diário de sódio em 2,0 g está associado à diminui??o da PA. No entanto, o consumo médio do brasileiro é de 11,4 g/dia. (GR: IIa; NE: B).
?cidos graxos insaturados
Os ácidos graxos ?mega-3 provenientes dos óleos de peixe (eicosapentaenoico - EPA e docosaexaenoico - DHA) est?o associados com redu??o modesta da PA. Estudos recentes indicam que a ingest?o ≥ 2g/dia de EPA+DHA reduz a PA e que doses menores (1 a 2 g/dia) reduzem apenas a PAS. (GR: IIa; NE: B).
O consumo de ácidos graxos monoinsaturados também tem sido associado à redu??o da PA. (GR: IIb; NE: B).
As fibras solúveis s?o representadas pelo farelo de aveia, pectina (frutas) e pelas gomas (aveia, cevada e leguminosas: feij?o, gr?o-de-bico, lentilha e ervilha), e as insolúveis pela celulose (trigo), hemicelulose (gr?os) e lignina (hortali?as). A ingest?o de fibras promove discreta diminui??o da PA, destacando-se o beta glucano proveniente da aveia e da cevada. (GR: IIb; NE: B).
Oleaginosas
O consumo de oleaginosas auxilia no controle de vários FRCV, mas poucos estudos relacionam esse consumo com a diminui??o da PA. Uma meta-análise concluiu que o consumo de diferentes tipos de castanha foi eficiente em diminuir a PA. (GR: IIb; NE: B).
Laticínios e vitamina D
Existem evidências que a ingest?o de laticínios, em especial os com baixo teor de gordura, reduz a PA. O leite contém vários componentes como cálcio, potássio e peptídeos bioativos que podem diminuir a PA. (GR: IIb; NE: B).
Em alguns estudos, níveis séricos baixos de vitamina D se associaram com maior incidência de HA. Entretanto, em estudos com suplementa??o dessa vitamina, n?o se observou redu??o da PA. (GR: III; NE: B).
O alho possui inúmeros componentes bioativos, como a alicina (encontrada no alho cru) e a s-alil-cisteína (encontrada no alho processado). Discreta diminui??o da PA tem sido relatada com a suplementa??o de várias formas do alho., (GR: IIb; NE: B).
Café e chá verde
O café, apesar de rico em cafeína, subst?ncia com efeito pressor agudo, possui polifenóis que podem favorecer a redu??o da PA. Estudos recentes sugerem que o consumo de café em doses habituais n?o está associado com maior incidência de HA nem com eleva??o da PA. Recomenda-se que o consumo n?o exceda quantidades baixas a moderadas. (GR: IIa; NE: B).
O chá verde, além de ser rico em polifenóis, em especial as catequinas, possui cafeína. Ainda n?o há consenso, mas alguns estudos sugerem que esse chá possa reduzir a PA quando consumido em doses baixas, pois doses elevadas contêm maior teor de cafeína e podem elevar a PA. Recomenda-se o consumo em doses baixas. (GR: IIb; NE: B).
Chocolate amargo
O chocolate com pelo menos 70% de cacau pode promover discreta redu??o da PA, devido às altas concentra??es de polifenóis. (GR: IIb; NE: B).
O consumo habitual de álcool eleva a PA de forma linear e o consumo excessivo associa-se com aumento na incidência de HA., Estima-se que um aumento de 10 g/dia na ingest?o de álcool eleve a PA em 1 mmHg, sendo que a diminui??o nesse consumo reduz a PA. Recomenda-se modera??o no consumo de álcool. (GR: I; NE: B).
Atividade física/exercício físico
Atividade física refere-se a qualquer movimento corporal que aumente o gasto energético, o que inclui andar na rua, subir escada, fazer trabalhos físicos domésticos, fazer práticas físicas de lazer. O termo exercício físico refere-se à atividade física realizada de forma estruturada, organizada e com objetivo específico. Além disso, o comportamento sedentário, medido pelo tempo sentado, também tem implica??es na saúde CV ( e ).
Tabela 2 Evidências da atividade física e do exercício físico na redu??o da PA
Tabela 3 Recomenda??es em rela??o à atividade física e exercício físico
Inatividade/atividade física
A inatividade física tem sido considerada "o maior problema de saúde pública" por ser o mais prevalente dos FR e a segunda causa de morte no mundo. A sobrevivência é menor em pessoas que passam a maior parte do tempo sentadas do que naquelas que passam pouco tempo sentadas. Há rela??o direta entre o tempo sentado ou o tempo de televis?o com a PA. Recomenda-se a redu??o do tempo sentado, levantando-se por pelo menos 5 min a cada 30 min sentado. (GR: IIb; NE: B).
A prática regular de atividade física pode ser benéfica tanto na preven??o quanto no tratamento da HA, reduzindo ainda a morbimortalidade CV. Indivíduos ativos apresentam risco 30% menor de desenvolver HA que os sedentários, e o aumento da atividade física diária reduz a PA. A prática de atividade física deve ser incentivada em toda a popula??o, n?o havendo necessidade de nenhum exame prévio. O indivíduo deve ser orientado a procurar um médico se sentir algum desconforto durante a execu??o. (GR: I; NE: A).
Exercícios físicos
No tratamento da HA, benefícios adicionais podem ser obtidos com exercícios físicos estruturados, caracterizando um treinamento individualizado.
Exercícios aeróbicos
O treinamento aeróbico reduz a PA casual de pré-hipertensos e hipertensos. Ele também reduz a PA de vigília de hipertensos e diminui a PA em situa??es de estresse físico, mental e psicológico. O treinamento aeróbico é recomendado como forma preferencial de exercício para a preven??o e o tratamento da HA. (GR: I; NE: A).
Exercícios resistidos din?micos e estáticos
O treinamento resistido din?mico ou isot?nico (contra??o de segmentos corporais localizados com movimento articular) reduz a PA de pré-hipertensos, mas n?o tem efeito em hipertensos. Existem, porém, apenas quatro estudos randomizados e controlados com esse tipo de exercício na HA. O treinamento resistido estático ou isométrico (contra??o de segmentos corporais localizados sem movimento articular) reduz a PA de hipertensos, mas os estudos utilizam massas musculares pequenas, havendo necessidade de mais informa??o antes de sua recomenda??o. O treinamento resistido din?mico é recomendado na HA, em complemento ao aeróbico. (GR: IIa; NE: B).
Recomenda-se que hipertensos com níveis de PA mais elevados ou que possuam mais de 3 FR, diabetes, LOA ou cardiopatias fa?am um teste ergométrico antes de realizar exercícios físicos em intensidade moderada. Além disso, todo hipertenso que for se engajar em esportes competitivos ou exercícios de alta performance deve fazer uma avalia??o CV completa. (GR: IIa; NE: C).
Cessa??o do tabagismo
O tabagismo aumenta o risco para mais de 25 doen?as, incluindo a DCV., O hábito de fumar é apontado como fator negativo no controle de hipertensos, no desconhecimento da HAS e na interrup??o do uso de medicamentos anti-hipertensivos. No entanto, n?o há evidências que a cessa??o do tabagismo reduza a PA. (GR: III, NE: B).
Respira??o lenta
A respira??o lenta ou guiada requer a redu??o da frequência respiratória para menos de 6 a 10 respira??es/minuto durante 15-20 minutos/dia para promover redu??o na PA casual (PAS: -3,67; intervalo de confian?a 95%: -5,99 a -1,39; e PAD: -2,51; intervalo de confian?a 95%: -4,15 a 0,87) após 8 semanas de tratamento. (GR: IIa; NE: B).
Controle do estresse
Estudos sobre as práticas de gerenciamento de estresse apontam a import?ncia das psicoterapias comportamentais e das práticas de técnicas de medita??o,-biofeedback e relaxamento no tratamento da HA. Apesar de incoerências metodológicas, as indica??es clínicas revelam forte tendência de redu??o da PA quando essas técnicas s?o realizadas separadamente ou em conjunto. (GR: IIa; NE: B).
Equipe multiprofissional
A aten??o numa abordagem multiprofissional tem como objetivo principal o controle da HA, que n?o é satisfatório em nosso meio. Estudos de base epidemiológica demonstraram varia??o de 10% a 57,6% nesse controle. A atua??o da equipe multiprofissional promove melhor controle da HA, o que está diretamente relacionado à ades?o ao tratamento medicamentoso e n?o medicamentoso. A equipe multiprofissional pode ser constituída por todos os profissionais que lidem com pacientes hipertensos: médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, professores de educa??o física, musicoterapeutas, farmacêuticos, educadores, comunicadores, funcionários administrativos e agentes comunitários de saúde.
Referências
1 DeMarco VG, Aroor AR, Sowers JR. The pathophysiology of hypertension in patients with obesity. Nat Rev Endocrinol. ):364-76.
2 Vaneckova I, Maletinska L, Behuliak M, Nagelova V, Zicha J, Kunes J. Obesity-related hypertension: possible pathophysiological mechanisms. J Endocrinol. ):R63-78.
3 Fuentes E, Fuentes F, Vilahur G, Badimon L, Palomo I. Mechanisms of chronic state of inflammation as mediators that link obese adipose tissue and metabolic syndrome. Mediators Inflamm. 6584.
4 Guimaraes IC, de Almeida AM, Santos AS, Barbosa DB, Guimaraes AC. Blood pressure: effect of body mass index and of waist circumference on adolescents. Arq Bras Cardiol. ):393-9.
5 Greenberg I, Stampfer MJ, Schwarzfuchs D, Shai I, Group D. Adherence and success in long-term weight loss diets: the dietary intervention randomized controlled trial (DIRECT). J Am Coll Nutr. ):159-68.
6 Alhassan S, Kim S, Bersamin A, King AC, Gardner CD. Dietary adherence and weight loss success among overweight women: results from the A TO Z weight loss study. Int J Obes (Lond). ):985-91.
7 Martinez-Gonzalez MA, Bes-Rastrollo M. Dietary patterns, mediterranean diet, and cardiovascular disease. Curr Opin Lipidol. ):20-6.
8 Appel LJ, Moore TJ, Obarzanek E, Vollmer WM, Svetkey LP, Sacks FM, et al. A clinical trial of the effects of dietary patterns on blood pressure. DASH Collaborative Research Group. N Engl J Med. ):1117-24.
9 Sacks FM, Svetkey LP, Vollmer WM, Appel LJ, Bray GA, Harsha D, et al. Effects on blood pressure of reduced dietary sodium and the Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) diet. DASH-Sodium Collaborative Research Group. N Engl J Med. ):3-10.
10 Domenech M, Roman P, Lapetra J, Garcia de la Corte FJ, Sala-Vila A, de la Torre R, et al. Mediterranean diet reduces 24-hour ambulatory blood pressure, blood glucose, and lipids: one-year randomized, clinical trial. Hypertension. ):69-76.
11 Yokoyama Y, Nishimura K, Barnard ND, Takegami M, Watanabe M, Sekikawa A, et al. Vegetarian diets and blood pressure: a meta-analysis. JAMA Intern Med. ):577-87.
12 Eckel RH, Jakicic JM, Ard JD, de Jesus JM, Miller NH, Hubbard VS, et al. 2013 AHA/ACC Guideline on Lifestyle Management to Reduce Cardiovascular Risk A Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. Journal of the American College of Cardiology. ):2960-84.
13 Graudal N, Jurgens G, Baslund B, Alderman MH. Compared with usual sodium intake, low- and excessive-sodium diets are associated with increased mortality: a meta-analysis. Am J Hypertens. ):1129-37.
14 He FJ, Li J, Macgregor GA. Effect of longer term modest salt reduction on blood pressure: Cochrane systematic review and meta-analysis of randomised trials. BMJ. 25.
15 O'Donnell M, Mente A, Rangarajan S, McQueen MJ, Wang X, Liu L, et al. Urinary sodium and potassium excretion, mortality, and cardiovascular events. N Engl J Med. ):612-23.
16 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (IBGE). Pesquisa de or?amentos familiares : análise do consumo alimentar pessoal no Brasil. Rio de J 2011.
17 Miller PE, Van Elswyk M, Alexander DD. Long-chain omega-3 fatty acids eicosapentaenoic acid and docosahexaenoic acid and blood pressure: a meta-analysis of randomized controlled trials. Am J Hypertens. ):885-96.
18 Schwingshackl L, Strasser B, Hoffmann G. Effects of monounsaturated fatty acids on cardiovascular risk factors: a systematic review and meta-analysis. Ann Nutr Metab. -4):176-86.
19 Evans CE, Greenwood DC, Threapleton DE, Cleghorn CL, Nykjaer C, Woodhead CE, et al. Effects of dietary fibre type on blood pressure: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials of healthy individuals. J Hypertens. ):897-911.
20 Salas-Salvado J, Guasch-Ferre M, Bullo M, Sabate J. Nuts in the prevention and treatment of metabolic syndrome. Am J Clin Nutr.
Suppl 1:399S-407S.
21 Mohammadifard N, Salehi-Abargouei A, Salas-Salvado J, Guasch-Ferre M, Humphries K, Sarrafzadegan N. The effect of tree nut, peanut, and soy nut consumption on blood pressure: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled clinical trials. Am J Clin Nutr. ):966-82.
22 Park KM, Cifelli CJ. Dairy and blood pressure: a fresh look at the evidence. Nutr Rev. ):149-57.
23 Fekete AA, Givens DI, Lovegrove JA. The impact of milk proteins and peptides on blood pressure and vascular function: a review of evidence from human intervention studies. Nutr Res Rev. ):177-90.
24 Kunutsor SK, Apekey TA, Steur M. Vitamin D and risk of future hypertension: meta-analysis of 283,537 participants. Eur J Epidemiol. ):205-21.
25 Beveridge LA, Struthers AD, Khan F, Jorde R, Scragg R, Macdonald HM, et al. Effect of vitamin D supplementation on blood pressure: a systematic review and meta-analysis incorporating individual patient data. JAMA Intern Med. ):745-54.
26 Ried K, Fakler P. Potential of garlic (Allium sativum) in lowering high blood pressure: mechanisms of action and clinical relevance. Integr Blood Press Control. -82.
27 Rohner A, Ried K, Sobenin IA, Bucher HC, Nordmann AJ. A systematic review and metaanalysis on the effects of garlic preparations on blood pressure in individuals with hypertension. Am J Hypertens. ):414-23.
28 Rebello SA, van Dam RM. Coffee consumption and cardiovascular health: getting to the heart of the matter. Curr Cardiol Rep. ):403.
29 Mesas AE, Leon-Munoz LM, Rodriguez-Artalejo F, Lopez-Garcia E. The effect of coffee on blood pressure and cardiovascular disease in hypertensive individuals: a systematic review and meta-analysis. Am J Clin Nutr. ):1113-26.
30 Peng XL, Zhou R, Wang B, Yu XP, Yang XH, Liu K, et al. Effect of green tea consumption on blood pressure: A meta-analysis of 13 randomized controlled trials. Sci Rep. 1.
31 Pereira T, Maldonado J, Laranjeiro M, Coutinho R, Cardoso E, Andrade I, et al. Central arterial hemodynamic effects of dark chocolate ingestion in young healthy people: a randomized and controlled trial. Cardiol Res Pract. 5951.
32 Fan AZ, Li Y, Elam-Evans LD, Balluz L. Drinking pattern and blood pressure among non-hypertensive current drinkers: findings from
National Health and Nutrition Examination Survey. Clin Epidemiol. -7.
33 Taylor B, Irving HM, Baliunas D, Roerecke M, Patra J, Mohapatra S, et al. Alcohol and hypertension: gender differences in dose-response relationships determined through systematic review and meta-analysis. Addiction. ):1981-90.
34 Xin X, He J, Frontini MG, Ogden LG, Motsamai OI, Whelton PK. Effects of alcohol reduction on blood pressure: a meta-analysis of randomized controlled trials. Hypertension. ):1112-7.
35 Saneei P, Salehi-Abargouei A, Esmaillzadeh A, Azadbakht L. Influence of Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) diet on blood pressure: a systematic review and meta-analysis on randomized controlled trials. Nutr Metab Cardiovasc Dis. ):1253-61.
36 O'Keefe JH, Bhatti SK, Bajwa A, DiNicolantonio JJ, Lavie CJ. Alcohol and cardiovascular health: the dose makes the poison...or the remedy. Mayo Clin Proc. ):382-93.
37 Blair SN. Physical inactivity: the biggest public health problem of the 21st century. Br J Sports Med. ):1-2.
38 Lee IM, Shiroma EJ, Lobelo F, Puska P, Blair SN, Katzmarzyk PT, et al. Effect of physical inactivity on major non-communicable diseases worldwide: an analysis of burden of disease and life expectancy. Lancet. 8):219-29.
39 Katzmarzyk PT, Church TS, Craig CL, Bouchard C. Sitting time and mortality from all causes, cardiovascular disease, and cancer. Med Sci Sports Exerc. ):998-1005.
40 Thorp AA, Healy GN, Owen N, Salmon J, Ball K, Shaw JE, et al. Deleterious associations of sitting time and television viewing time with cardiometabolic risk biomarkers: Australian Diabetes, Obesity and Lifestyle (AusDiab) study . Diabetes Care. ):327-34.
41 Fagard RH. Physical activity, physical fitness and the incidence of hypertension. J Hypertens. ):265-7.
42 Dunn AL, Marcus BH, Kampert JB, Garcia ME, Kohl HW 3rd, Blair SN. Comparison of lifestyle and structured interventions to increase physical activity and cardiorespiratory fitness: a randomized trial. JAMA. ):327-34.
43 Cornelissen VA, Smart NA. Exercise training for blood pressure: a systematic review and meta-analysis. J Am Heart Assoc. ):e004473.
44 Cornelissen VA, Buys R, Smart NA. Endurance exercise beneficially affects ambulatory blood pressure: a systematic review and meta-analysis. J Hypertens. ):639-48.
45 Fagard RH. Exercise therapy in hypertensive cardiovascular disease. Prog Cardiovasc Dis. ):404-11.
46 Carlson DJ, Dieberg G, Hess NC, Millar PJ, Smart NA. Isometric exercise training for blood pressure management: a systematic review and meta-analysis. Mayo Clin Proc. ):327-34.
47 Nobre F, Ribeiro AB, Mion D Jr. [Control of arterial pressure in patients undergoing anti-hypertensive treatment in Brazil: Controlar Brazil]. Arq Bras Cardiol. ):663-70.
48 Yun M, Li S, Sun D, Ge S, Lai CC, Fernandez C, et al. Tobacco smoking strengthens the association of elevated blood pressure with arterial stiffness: the Bogalusa Heart Study. J Hypertens. ):266-74.
49 De Giusti M, Dito E, Pagliaro B, Burocchi S, Laurino FI, Tocci G, et al. A survey on blood pressure levels and hypertension control in a sample of the Italian general population. High Blood Press Cardiovasc Prev. ):129-35.
50 Guessous I, Bochud M, Theler JM, Gaspoz JM, Pechere-Bertschi A.
Trends in prevalence, unawareness, treatment and control of hypertension in Geneva, Switzerland. PLoS One. ):e39877.
51 Mion D Jr, Pierin AM, Bensenor IM, Marin JC, Costa KR, Henrique LF, et al. Hypertension in the city of Sao Paulo: self-reported prevalence assessed by telephone surveys. Arq Bras Cardiol. ):99-106.
52 Mahtani KR, Nunan D, Heneghan CJ. Device-guided breathing exercises in the control of human blood pressure: systematic review and meta-analysis. J Hypertens. ):852-60.
53 Bai Z, Chang J, Chen C, Li P, Yang K, Chi I. Investigating the effect of transcendental meditation on blood pressure: a systematic review and meta-analysis. J Hum Hypertens. ):653-62.
54 Campbell TS, Labelle LE, Bacon SL, Faris P, Carlson LE. Impact of Mindfulness-Based Stress Reduction (MBSR) on attention, rumination and resting blood pressure in women with cancer: a waitlist-controlled study. J Behav Med. ):262-71.
55 Sharma M, Rush SE. Mindfulness-based stress reduction as a stress management intervention for healthy individuals: a systematic review. J Evid Based Complementary Altern Med. ):271-86.
56 Brook RD, Appel LJ, Rubenfire M, Ogedegbe G, Bisognano JD, Elliott WJ, et al. Beyond medications and diet: alternative approaches to lowering blood pressure: a scientific statement from the american heart association. Hypertension. ):1360-83.
57 Pinho Nde A, Pierin AM. Hypertension control in brazilian publications. Arq Bras Cardiol. ):e65-73.
58 Glynn LG, Murphy AW, Smith SM, Schroeder K, Fahey T. Interventions used to improve control of blood pressure in patients with hypertension. Cochrane Database Syst Rev. 2010 Mar 17;(3):CD005182.
Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licen?a Creative Commons Attribution, que permite uso, distribui??o e reprodu??o em qualquer meio, sem restri??es desde que o trabalho original seja corretamente citado.}

我要回帖

更多关于 早泄的调理 的文章

更多推荐

版权声明:文章内容来源于网络,版权归原作者所有,如有侵权请点击这里与我们联系,我们将及时删除。

点击添加站长微信